Dentro dos Fóruns Regionais da Indústria o Sistema FIEP realizou na manhã do dia 15 de outubro, nas dependências da Casa da Indústria, a Oficina de Energia. Na oportunidade esteve presente o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rui Londero Benetti. A abertura ocorreu com a participação do coordenador Estadual dos conselhos da FIEP, Rafael Guimarães Amaral que evidenciou a importância de identificar cenários, traçar e implementar ações transformadoras. “Não estamos fazendo uma palestra, mas um diálogo sobre como estamos e onde queremos chegar, prestando contas do que ocorreu.”

Segundo o diretor Rui Benedetti a proposta do presidente da FIEP, Edson Vasconcelos é interiorizar ações da FIEP, algo que vem realizando.  “No ano passado oficinas sob várias temáticas foram desenvolvidas para o interior e uma delas foi energia. Foi uma oportunidade para identificar demandas para que a FIEP ajude. O encontro de energia ocorreu no ano passado em Pato Branco e realizamos, neste encontro,  devolutiva em cima das demandas...E ver novas situações.

De lá para cá, comenta Rui Benetti, ocorreram evoluções:

- Em relação aos cuidados ambientais, com aprovação de novas normativas de licenciamentos

- Planejamento da distribuidora – FIEP convênio com a Copel e fez pesquisa para inserir nos orçamentos da Copel obras necessárias.

- Eficiência energética – O Senai traz vários cursos de superior a técnicos e rápidos para preparar mão de obra nas indústrias para o atendimento da melhoria da eficiência energética....

 Troca de motores

 - Está sendo pleiteado um Programa para busca de recursos a fundo perdido de troca de motores por mais eficientes... No Parque Industrial está antigo e há baixa eficiência energética que chega a 75% e pode passar para 95%.... A ideia é buscarmos recursos que as distribuidoras devem investir a partir de acordos com a Anaeel. Criaremos um plano de ação para troca de motores. Parte as indústrias pagam e o restante abatido em poucos meses é abatido  com economia energética gerada.

- Estruturas terceirizadas – uma das maiores dificuldades em transpor para evolução nos atendimentos, segundo o diretor. “ A Copel foi privatizada e mudou a estrutura de comando. Temos uma interlocução boa. Há a promessa deles de melhoria. Mas não é algo rápido.”

Durante o encontro houve a apresentação do mapeamento energético do Paraná. Houve amplo debate envolvendo o presidente Edson Vasconcelos e o presidente da Copel, Daniel Slaviero Pimentel, com a criação de Departamento de Grandes Consumidores para agilização no atendimento. Ainda não está terminada a estruturação mas, segundo ele será algo bastante avançado.  “O reestabelecimento mais rápido de energia tende a melhorar a dinâmica.”

Oferta energética

De acordo com o Rui Benedetti não temos problemas quanto a oferta de energia no Paraná. A deficiência ocorre na distribuição. Existem, lembra ele, indústrias que querem ampliar as instalações e ali não tem a infraestrutura necessária, algo que deve ser agilizado para o atendimento das demandas.

Transição energética

• Atualizar normas da ANEEL em relação aos requisitos da automação industrial
• Facilitar acesso aos recursos do PEE – ANEEL para o Setor Produtivo
• Pleitear nas distribuidoras apoio para troca de motores das indústrias visando eficiência energética
• Criar Central de Informações com dados precisos sobre atendimentos efetuados
• Criar fóruns regionais de eficiência energética
• Investir em novas fontes de energia como biogás, biometano, PCH, CGH explorando potencialidades regionais
• Melhorar a investigação para o ressarcimento de danos aos equipamentos das indústrias por falhas energéticas
• Melhorar os planos diretores municipais prevendo fornecimento energético
• Usar o Siscred para implantar novas fontes de energia, reforçando as linhas de média e alta tensão e subestações elétricas.

Visão regional

Para o diretor da FIEP, Olcimar Tramontini deve haver melhor qualidade no fornecimento e modernização de equipamentos para maior eficiência energética. “Já ocorreram investimentos na região, reconhecemos, mas há muita demanda ainda a ser atendida.’

O presidente do Sindimetal Sudoeste, Valter Trojan diz que o tema foi importante para toda a região. “Quando falamos de energia temos uma profunda angústia dentro dos problemas vivenciados. Em Nova Espero nos últimos 15 dias ficamos 44 horas sem energia, com a indústria parada, o que é um sinal claro de descaso. A região, através da indústria e das empresas do Agro estão sofrendo. Com a privatização as respostas ficaram mais lentas e não há referência de contato para a solução. Precisamos, de fato, do apoio da FIEP para que haja evolução. “