A inconstância e a morosidade no abastecimento energético em regiões industriais de Pato Branco vem preocupando empreendedores que se mostram indignados com os prejuízos vividos e a falta de atenção dispensada pela Copel em relação ao assunto. A afirmação é do presidente do Sindimetal Sudoeste, Valter Trojan que também sente no bolso os efeitos de falhas frequentes no abastecimento energético que geram danos em equipamentos e máquinas e ainda a interrupção por horas em cada momento de pane.
O problema mais frequente gerado pelo abastecimento energético envolve alterações nas tensões que ficam abaixo do ideal diariamente. A Aramart Indústria de Aramados, por exemplo, tem medidores de tensão e constata diariamente tensões abaixo do ideal. “Há necessidade contato para que a Copel providencie a elevação tensional, o que, em determinados casos demanda horas de espera”, explica Julio Arlindo da Silva, CEO da Empresa evidenciando que uma tensão abaixo do ideal para a indústria, geram queda substancial na produtividade que pode chegar a 20% do que seria produzido no dia.
Ele conta que existem casos que entre o chamado e o atendimento há uma espera de até seis horas, algo inconcebível quando o assunto envolve indústrias que empregam centenas de trabalhadores. “É um assunto que pesa na avaliação de continuidade ou não nas atividades na região e até mesmo no Estado, afetando a decisão por novos investimentos por aqui”, complementa Valter Trojan.
A situação ficou tão corriqueira que algumas indústrias, quando cai a energia, percorrem a rede para identificar onde caiu a chave e, assim, dão a localização para a Copel que, ainda assim, leva mais de três horas para solução do caso.
O pior de tudo, enfatiza Valter Trojan, é que o problema não é de hoje. Há mais de 15 anos ocorrem diálogos com membros da Copel, do Governo, da Assembleia Legislativa e, de prático, no sentido de evolução, pouco acontece. “Estive em contato com o deputado estadual Luiz Fernando Guerra que se comprometeu a contribuir na busca pela solução do problema que é historicamente sem solução.
A expectativa, ressalta o presidente do Sindimetal, é que que haja respeito com quem empreende e com os trabalhadores. “Afinal com indústrias limitadas em suas respectivas capacidades produtivas por uma deficiência crônica a tendência é de migração para outros estados e consequente fechamento de frentes de trabalho que têm impactos relevantes na qualidade de vida de nossa gente, algo que não desejamos”, conclui Trojan.
Créditos: Assessoria Imprensa